A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Às vezes queria perder a facilidade que penso ter de elucidar com palavras as profundidades sentimentais nas quais me inundo.

É que na escrita o sofrimento faz tanto mais sentido que quase me convence que vale a dor. 

E sinto-a.

E quando leio aquela dor eternizada em prosa, nem sempre sorrio satisfeita com a obra que criara: quisera eu não sentir aquilo (ou não passar a sentir).

Sofrer no verbo deixa tudo maior.

Mas às vezes diminui.

E deixa de marcar o rosto com as lágrimas pra passa a marcar com tinta o papel.



Agora, por exemplo, até sorri.