A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Plenitude

Ah, essa infeliz felicidade que me atormenta e tira o sono!
Passo horas à fio aqui, assim, com a caneta e o papel, e não consigo um adjetivo sequer que retrate o quão belo é o teu sorriso branco e alinhado ou o brilho dos teus olhos quando as luzes os invadem e dançam livremente por eles.
Como descrever o som da tua risada livre e o toque do teu corpo quente, sempre com a temperatura tão diferente da minha? 
Impossível resumir teu brando abraço e o batimento do teu coração quando se deitas ao meu lado satisfatoriamente e suspiras sorrindo gentilmente?
Faz-me parecer uma tola quando fixa seu olhar contra o meu e me pergunta sobre essas coisas que finjo (sem sucesso) não sentir e insisto em evitar falar. Nessas horaa, quase te odeio, mas ocupo meu tempo repudiando a mim mesma por ver-me completamente envolta no teu sorriso novamente.
Sim, de novo ele. Perdoe a insistência, mas tenho ao menos que tentar contar ao mundo como é bom observá-lo sorrir!
Talvez a única coisa melhor que isso, seja fazê-lo sorrir.

E você aí, jurando que só tenho olhos pros teus belos olhos...
Ria-se da pessoa tola que és por isso! Mas ria daquele jeito, por favor. Não negue ao mundo a graça do teu sorriso sincero, e sempre que distribuí-lo, lembre-se de mim, e então entraremos em plena sintonia.

Porque o teu sorriso não sai da minha cabeça.