A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Prometi que, para meu próprio bem, lhe evitaria, mas fui traído por mim mesmo: Disquei teu telefone automaticamente, e, tal qual num filme, ouvi o teu "alô", suspirei e desliguei. Pensei em ligar para explicar o ocorrido, mas percebi que nem eu mesmo conseguia acreditar nas mentiras que inventava pra mim mesmo. Se eu ligasse, seria pra saber como vai a sua vida, o que vai fazer hoje, com quem você anda, se sente minha falta, se pensa em mim antes de me magoar...
Aí eu fico me perguntando "que respostas eu gostaria de ouvir?"
Se nem eu sei, é melhor manter a distância, mesmo...

- Alô? Alô? Quem é? Alô?

Ah...

Mas eu não consigo evitar. Não mesmo.