A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Então, aceito.

Quem dera ser o único a sentir tuas curvas quando está perto.
Ser o único a ver tua silhueta quando se afasta, apaga as luzes, e se despe.
Quem dera ser o único a voltar a te beijar, te apertar, te morder...
Ser o único a ter a marca das tuas unhas nas costas e dos teus dentes nos ombros.

Quem dera ser o único que te vê olhando pra cima com um sorrisinho cheio de vergonha e malícia.
Ser o único a te puxar pelos cabelos e ver e beijar teu lindo pescoço com um cheiro que é só teu.
Quem dera poder te beijar e abraçar diante dos outros.
Ser o o único dono dos teus beijos.

Mas tenho que dividi-los. Aceito a condição.
Aceitei, aliás.
E se rejeitar?
Se rejeitar, quem perde sou eu...