A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

domingo, 8 de abril de 2012

Eu to com vontade de sentir vontade de você. Aliás, eu tenho vontade de sentir vontade de você.
Não é bem uma vontade, é meio que uma necessidade. Necessidade de sentir vontade de ter vontade de você. É necessidade porque se eu não sentir essa vontade as coisas pioram, e olha que já não estão boas...
Se eu sentisse vontade de você, tudo seria bem mais fácil para nós dois. O final feliz talvez até existisse, e se não existisse, seria porque não haveria final.

Eu queria sentir a mesma vontade que você, porque só assim eu não me sentiria em dívida. Sei que você sente muito... Eu queria ter vontade, eu juro que queria...

Mas eu não tenho.
A vontade que eu sinto de sentir vontade de você, de mim, de nós dois é maior do que qualquer eventual vontade que eu possa sentir.
Eu não tenho essa vontade a te oferecer, mas eu vou fazer a sua vontade e vou ser sempre sincera.

Eu não sinto vontade. Eu tento, mas não sinto. Tento tanto que estou sempre ansiosa pro momento em que finalmente ela poderia chegar, mas ela nunca chegou. E de tanto tentar, estou com ânsia de vômito.

Eu nunca quis te magoar, mas acho que é a única coisa que consigo fazer por você nesse momento. Sinto pouco, é isso.

Sinto muito.
Adeus.