A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

V

O amor na teoria.

Percebi que sou uma pessoa confusa lá pelos treze anos, quando a cada dia inventava uma definição pro amor que eu dizia sentir.
Confusa e extremista. Não podia simplesmente equilibrar todas aquelas definições até chegar a uma conclusão: Tinha de achar uma, apenas uma.
Tolice, eu sei. Hoje rio do meu antigo-eu, que não é tão antigo assim.
Não é tão antigo assim porque ainda tento achar uma definição. Não tão absolutista como antes, mas ainda me pego tentando. E para facilitar, me baseio no meu ultimo e eterno amor. Sim, eu acredito em amor pra sempre e tenho a convicção de que o meu será assim. E tenho também a convicção de que o amor que recebo também não terá fim.
Aí eu penso: Talvez o amor (ou o meu amor) possa ser definido apenas como essa mistura frenética e invasiva de sentimentos que tendem ao infinito.
Talvez...

Eu já tive outros amores.
Sim, tenho certeza de que era amor.
Mas acabou...

E agora, qual dos meus amores eu amei?
Por qual dos meus amores eu senti amor?
Quais dos meus amores foram amores?

E pensar que por eles jurei amor eterno... E hoje estou aqui, questionando o que sentia...
Que nojo!

Esconder-me-ei, então, mais uma vez, atrás de uma hipótese reconstruída, para não ser esse ser tão sem amor: O amor está fadado a morte, assim como todo amante.