A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Amor de amora

Eu e meus romances comparados.

Comparava o cheiro, o toque, os mimos, os apelidos carinhosos e até a boa vontade. 
À dor causada, nada se comparava.

E sempre desdenhava de novos sorrisos, novos perfumes, novos olhos e novos desejos.

Me prendia na ideia de uma possível eterna felicidade, que foi breve porque tinha de ser.
Hoje entendo.

Ah, eu e meus romances comparados...
Mal sabia que nada poderia comparar-se ao que estava por vir.

Uma pena que a felicidade também não foi eterna ali.
E caso surja qualquer dúvida, saiba que este é outro sobre ti.