A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Até que ponto o amor pode mudar o mundo? A partir de que ponto um sentimento passa a ser amor? Em que ponto se percebe que um amor deixou de existir?
Sentimento nobre, sincero, que não espera nada em troca; é paciente, tem em si muita esperança e só quer o bem de seu bem. É a saudade louca que se sente de ouvir a voz de um alguém ou saudade apenas de ignorar esse alguém. É sentir ciúme e até inveja das pessoas que passam o dia-a-dia com aquele alguém. É sentir raiva mas com aquela vontade louca de ter uma reconciliação daquelas para poder envolver-se nos braços do outro e então rir daquela briga boba.
É esperar a hora errada pra falar a coisa certa e depois ficar morrendo de vergonha. É ter vontade de fazer tudo ao mesmo tempo e o tempo todo. É não saber e não querer comparar a nada. É ouvir música água-com-açucar ou ler uma frase melosa, se emocionar e dar um sorriso inevitável ao lembrar de seu amado. É não saber o que esperar do próximo encontro, mas transbordar de ansiedade e de alegria mesmo assim.
É sentir que o tempo tá se arrastando quando não se está com seu amado e sentir que ele para quando o encontro acontece. É ter orgulho, discordar, e no final das contas dar o braço a torcer só porque se sabe que o amado fará o mesmo, então os dois riem e tentam se convencer que o outro estava certo apesar de saberem que aconteça o que acontecer, tudo ficará bem.
É se abrir para as possibilidades, passar a acreditar e admirar coisas até então vistas por outro ponto de vista. É se deixar mudar sem interferir, é dar razão ao sentimento que ocupa sua cabeça o tempo todo e não te deixa fazer nada direito durante todo o dia. É perceber que a noite só se pensa nele e entender que não há nada que se possa fazer em relação a isso. É deixar entrar e só terminar no ponto final.

Só no ponto final.