A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Eu não sei... Você sabe? Eu não sei. Então eu chorei. Desesperada e descompromissadamente, eu chorei.
Eu não tinha motivos para tal, mas o fiz como nunca havia feito.
E a cada vez que tentava entender o motivo de meu pranto, duas lágrimas escorriam por meu rosto.
Algumas chegavam até o peito, outras iam direto para o chão, assim como quase tudo na vida.
Três.
Quatro.
Cinco.
E a cada dúvida a quantidade de lágrimas era maior.
Dei uma breve olhada pra janela e vi que o dia estava ensolarado. Coloquei o rosto pra fora para confirmar. "Acho que vou à praia!"
Lavei o rosto, me arrumei e fui.


- Que tempo bonito!
Tudo que é bonito tem um quê de tristeza, eu acho.



Agora sei.