A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

domingo, 24 de agosto de 2014

Ora, tenha orgulho!

Permita-se me odiar de vez em quando e guarde um pouco de rancor.
Planeje vinganças, continue sendo incapaz de realizá-las, mas ao menos tente me ferir com inverdades.
Sinta nojo desse ser horrível que mostrei ser, e sinta forte a dor que deixei no teu peito.
Não atenda minhas ligações e se for responder as mensagens, demore. 
Seja fria e indiferente publicamente. Me humilha! Diga aos outros o monstro que sou e o quanto te fiz mal. 
Sinta-se enganada, injustiçada e traída, e volte-se contra mim. 
Não venha quando eu lhe chamar, e se eu não o fizer, não me chame.
Afaste-se.
Mude-se.
Exclua-me.
Odeia-me.
Mesmo que só na minha frente.
Mesmo que por orgulho.

Porque ver teu amor me faz sofrer, e com esse sofrimento diário não consigo entender como deixei-a partir.

Como é que você não foi?
Vai!
Busca o que procuras! Torço para que encontres justamente o contrário: o que mereces!

Vai, pequena, sonha!
Não me faça acreditar que também lhe tirei isso, por Deus...

Pequena?

Pequena?



Então deixa que eu vou.