A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Dramaturgia nossa de cada dia.

Por que?
Se a lista, que foi elaborada em quinze minutos, já está no item sessenta e cinco, eu me pergunto "Por que?".
Por que você? Por que agora? Por que comigo? Por que...
Fugimos do roteiro, admita.

Pro remédio fazer efeito, fecho os olhos e enxergo. Você tem um quê de algo que eu, definitivamente, não precisava precisar.

Mas agora eu preciso.

Mas não preciso mais de um "porque", pois tendo esse "quê" indefinido e necessário, já completo o cenário, e as peças dessa peça se encaixam.

E o ato final continua por trás das cortinas vermelhas. Os aplausos cessam, o público sai e leva consigo o murmurinho e ficamos nós.
A sós.
Até o apoio ir embora.
Até o teatro fechar.
Até que as luzes se apaguem.

E aí protagonizamos um mundo só nosso.
Atrás das cortinas.
Só a gente sabe.

A sós, só a gente sabe.