A culpada

Minha foto
Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

sábado, 4 de julho de 2015

Paladar

Os dentes mordem os lábios
Sutilmente
Perceptivelmente
Fortemente

O pescoço se alonga
Pra direita
Pra esquerda
E volta

A pele se arrepia
Na nuca
Nos braços
Nas coxas

Os olhos alternam
Hora se curvam
Hora se fecham
Hora insinuam

Os dedos, por entre os cabelos
Puxando
Acariciando
Puxando

E eu sentindo aquele gosto
Lambendo
Chupando
Gostando

Insanidade

O frio
O calor
O arrepio
E a azia

Parecia que era amor
tudo aquilo que sentia

A moleza
A sonolência
Os devaneios
E a quentura 

Logo se via que era
sinal de loucura


Parou de ser sentido
Passou a ser sintoma.