A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

A mão

Às vezes, quando penso em você, bate saudade.
Saudade de te ver feliz e da felicidade diferente das demais que senti e hei de sentir. Saudade das vozes engraçadas ao acordar, das brigas por bobeira, do filhote que já nem sei se ainda vive (vive?) e até da tua família infernal.

Outras vezes, ao pensar em ti, sinto raiva.
Raiva do que tivemos, raiva de insistência e raiva da desistência desse romance.

Por vezes, fiquei apática quando você me vinha à mente.
Sabe, não vinha nada. Nem choro, nem riso, nem ódio, nem ternura. Só a dor de ver-me tão insensível.

Em outros casos, já quis te esquecer, já quis te matar, já quis morrer.

Hoje, nos raros momentos em que ocupa meus pensamentos, só penso em viver.
Viver pra continuar a sorrir de novo e sempre, como me era de costume.
Viver para ter meus amores tão vastos, profundos e curtos, por conta da minha volubilidade (que hoje é assumida).
Viver para, quem sabe um dia, ver-te bem e feliz de fato, com os olhos sorrindo em minha direção com sinceridade e não apenas para provar-me algo.
Viver para ver-te crescer e poder agradecer a maravilhosa pessoa que será capaz de realizar este feito.
Viver para saber que estava certa, e que essa tal pessoa seria você.
Viver para que saibas que nunca quis e nunca lhe quererei mal, apenas já não lhe tenho amor.
Viver para que um dia aprendas a ler meus gestos, e ao contrário do que fazes aqui, sejas capaz de expor também o que sentes. Deixa eu ler você?


Ai ai, talvez eu deva mesmo é viver e aprender a não mais querer-te ajudar. 

Devo?