A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

domingo, 8 de junho de 2014

Resolvi assistir a um filme romântico. E, bem, você sabe como sou... Acabei chorando. Mas, sem querer menosprezar enredo, direção, figurino, atores e toda a produção, dessa vez não foi por conta da obra.
Foi por você.
No filme, a protagonista perdia seu amor. Eles não se separaram, não tiveram tempo para isso, a vida tratou de fazer isso com a morte. E sabe, aquilo me doeu profundamente. A mocinha, ao falar de sua dor, disse que esta aumentava a cada segundo.
A cada segundo.
A cada segundo.

Imagine a minha, que se multiplica a cada minuto.
A cada hora.
A cada dia.
A cada mês.
Por toda uma vida.

E ao tentar imaginar minha vida sem você, as lágrimas não cessaram mais.
Constatei que já levo uma vida sem você e que a consigo consigo levar. Mas pensar num mundo onde você não existe, me pareceu insuportável. Talvez se você nunca tivesse existido, o mundo não sentisse sua falta. E por um instante achei que sua existência era pura maldade.
Como ousa apresentar-se assim ao mundo sabendo que um dia ausentar-se-á dele e da vida dos que te conheceram? Como ousa ausentar-se antes mesmo que a vida determine isso? Como ousa encantar, se sabias que o pra sempre era breve?
Eu não sabia!
Como ousa me ensinar? Como ousa tentar fazer com que isto pareça simples?

Triste.
Mas esta demasiada tristeza jamais se comparará à tristeza geral do mundo sem sua ousadia.

Agora imagine como anda a minha vida sem você.