A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

E veio a brisa.
O vento vinha sobre meus cabelos tal qual batia nas pedras do Arpoador num fim de tarde qualquer em janeiro. Fechei os olhos e então vi as ondas se formando e se desfazendo com uma violência e uma suavidade indescritíveis. E o processo se repetiu milhares e milhares de vezes.
Quarenta e dois minutos se passaram e eu continuava a apreciar tudo sem fazer nada. Não sorria, não chorava, não falava, não piscava. Meus olhos continuavam serrados enquanto eu sentia a brisa de que falei no início.
Eu poderia ficar ali a noite toda. O dia todo. A vida toda. Poderia... Mas aí eu cansei. Ventou demais.

Senti saudades do calor.