A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Desabafo matutino

Às vezes incomoda. 
A gente tenta entender, tenta aceitar, tenta ignorar, mas parece que o pitaco alheio sempre vai existir em nossas vidas, sendo direcionadas a nós ou a uma ponte de informações - mas sempre chega.

Não me isento de pitacos, não. Já me peguei distribuindo alguns, gratuitamente, inescrupulosamente. Mas um dia muito me incomodou estar na boca de quem nem lembro que existe, e desde então pratico o exercício de não falar do que não me convém ou julgar quem também não convém.
Tendemos a basear nossas opiniões sobre as pessoas baseadas no que sentimos, e se sentimos coisas mesquinhas, projetaremos coisas mesquinhas nestas pobres pessoas também.
É preciso entender que ninguém sente igual. Quando dizemos entender o que uma pessoa sente, estamos imaginando como deve ser, mas não entendemos de fato por não viver naquele contexto. E se o contexto não nos cabe, por que cargas d'água entrometemo-nos na vida alheia? Por que nos sentimos no direito de dizer se alguém é bom ou mau com base nas informações superficiais que temos? 
Sei lá. Coisa de humano. Sempre tentei entender esse tipo de coisa, mas hoje entendo que há pessoas que sempre se disporão a gastar energia vital com pensamentos autodestrutivos e com comentários maldosos fantasiados de boa intenção.
Inveja, ganância, arrogância. Falta de fé, de amor e compaixão.
Falta leveza.

Tem gente que não entende é nada.