A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Andando pela rua de manhã, fazendo o caminho de sempre e indo ao lugar de sempre, deparei-me com um jovem bastante sério indo ao caminho oposto. Bastante sério não: tão sério quando eu estava. A rua era longa, o avistei de longe e durante todo o tempo ele permaneceu sério. Quando estava relativamente próximo, seu celular, que estava dentro de sua mochila, fez um barulho. Ele parou, tirou uma alça da mochila, pegou seu celular, o olhou por um tempo e então sorriu. Não foi um sorriso simples, foi um sorriso inevitável em plena manhã de segunda-feira. Guardou o celular, botou a mochila nas costas e retomou seu caminho, mas desta vez sorrindo. Fiquei parada olhando para aquela cena. Qualquer pessoa, exceto o rapaz que estava transbordando de felicidade, podia repara que eu prestei toda a atenção do mundo naquilo. E quando retomei meu caminho, após certo tempo, reparei que também estava sorrindo. Lembrei que sou feliz.