A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

sábado, 14 de julho de 2012

Hoje eu vou beber. Hoje eu vou beber pra esquecer. Hoje eu vou beber pra esquecer você!
Tá bom, pode rir, também ri na primeira vez que pensei isso... Mas aí eu chorei. Então resolvi seguir em frente e beber pra te esquecer, só que me dei conta de que por mais que eu esqueça, quando me perguntar o motivo da embriaguez, vou lembrar de você.


Sai, por favor. Não encosta.


Ele não merece, eu mereço!
Como não? Eu lhe dei tudo nessa vida. Não, eu não te traia, eu te traí, é diferente. É diferente porque foi uma vez só, oras! Ou você ficaria igualmente triste se soubesse que tive um caso durante grande parte do nosso relacionamento? Faça-me rir...

...

Sim, eu tive, mas é instinto, eu sou homem, você sabe... Ah, mas mulher não sente tanta vontade quanto nós. Quer dizer, é necessidade!
Ah, não chora, por favor! Me perdoa?
Sei que tá com raiva e eu te entendo, mas pensa em nós... Vai jogar fora tudo o que construímos?
Não, eu não joguei fora! Não imaginava que isso fosse tão longe, me perdoa por favor... É que você nunca queria fazer as coisas que eu pedia e... Não, não to falando que você é a culpada, mas tenta entender meu lado...



Alô? Alô? Tá me ouvindo? Tá aí?

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