A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Sobre o balanço da maré

Mar agitado.
Cais deserto, porém não abandonado (pedi pra que alguém o vigiasse vez ou outra).
Avisto alguém vindo ao longe. Silhueta desconhecida.

"Quem é?"

Não obtive resposta por conta da onda que bateu na pedra e fez com que nem eu mesma fosse capaz de ouvir o que disse.
Será que foi por isso?

Quando finalmente cheguei perto, tinha ido.
Foi, como tudo na vida...
A vida e esse eterno leva-e-traz...

Eterno até ontem.
Hoje parou.
Me entregou e foi embora. Não veio levar de volta.

Estranhei o tempo todo, até que me toquei que levou.
Levou o que eu trazia comigo.
Ah, esse eterno leva-e-traz...



Aí eu ri.