A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Quando eu era pequena, no primeiro dia de aula de cada ano, na hora de preencher o espaço de data do meu caderno eu escrevia o dia e o mês corretos, mas sempre colocava o ano anterior. Aliás, não era apenas no primeiro dia. Fazia isso pelo menos por duas semanas, isso quando não errava até o meio do ano. Parecia que o tempo não passava...
Pensei nisso dia desses. Ri sozinha. Hoje em dia não o faço mais. Acerto sempre e sorrio ao ver que o número aumentou.
Então parei e fiz aquele tipo de reflexão que 200 mil pessoas fazem ao mesmo tempo de tão óbvia: A gente cresce e percebe, cada dia mais, que o tempo passa. Passa pra todos e a responsabilidade vem. Crescer é fundamental.
Os anos se passam e você sempre se impressiona com a rapidez que as coisas acontecem, com o formato que tudo toma do dia para a noite, com as opiniões que se formam em sua cabeça repentinamente e fazem todo sentido do mundo.
Tudo passa, tudo muda. As pessoas tem essa necessidade, graças a Deus. Ninguém quer mudar pra pior, todo mundo quer dar um passo à frente. Todo mundo quer ser o escolhido, todo mundo quer poder escolher.


Todo mundo sente saudade de errar a data e sorrir. Todo mundo sente saudade do bom tempo do tempo eterno.