A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

 Hoje eu cheguei, joguei a bolsa na cama, encarei-a e lamentei.
 Ah, como eu queria você aqui, deitado, me contando sobre seu dia e me interrompendo enquanto falo do meu. 
Queria ouvir-te até me irritar e fazê-lo parar de falar deitando contra o teu peito enquanto acaricio sua barba e vejo por baixo esses longo cílios que sempre atraem meus olhares.
Faria questão de que você escolhesse o filme dessa vez, como pedido de desculpas, mas também faria questão de que me assegurasse que este lhe faria rir. E eu admiraria e estranharia sua risada tão simultaneamente gostosa e esquisita. 
Depois, eu entrelaçaria a minha perna na tua, beijaria o teu pescoço, afagaria o teu cabelo liso e me renderia quando puxasse o meu com aquele teu jeito.
Ah, se você estivesse aqui, agora, deitado...

Só não lamento mais porque me delicio.

Que bom que você voltou, eu já tava achando sem graça esse negócio de amar.