tag:blogger.com,1999:blog-21158478821254823972024-03-05T08:41:18.111-08:00Nothing really matters.Agatha Galvãohttp://www.blogger.com/profile/12923630300959693069noreply@blogger.comBlogger287125tag:blogger.com,1999:blog-2115847882125482397.post-46477124592887991582017-08-27T15:18:00.001-07:002017-08-27T15:18:31.621-07:00Sobre batatasIguais em sua composição<div><br></div><div>Diferentes em sua individualidade.</div><div><br></div><div><br></div><div>Especiais. </div>Agatha Galvãohttp://www.blogger.com/profile/12923630300959693069noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2115847882125482397.post-73559288535155792392017-08-05T09:50:00.001-07:002017-08-05T09:50:43.803-07:00Feliz insônia<p style="margin: 0px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText';">As noites em que me envolve nos teus braços e conversas tem sido as melhores noites-mal-dormidas que se poderia desejar.</span></p>Agatha Galvãohttp://www.blogger.com/profile/12923630300959693069noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2115847882125482397.post-9415915900980289422017-06-19T21:39:00.001-07:002017-06-19T21:40:25.877-07:00Retorno<p style="margin: 0px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText';">Tenho dormido tão bem</span></p>
<p style="margin: 0px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText';">E respirado também </span></p>
<p style="margin: 0px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69); min-height: 22px;"><span style="font-family: '.SFUIText';"></span><br></p>
<p style="margin: 0px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText';">O riso reafrouxou-se</span></p>
<p style="margin: 0px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText';">O apetite reajustou-se </span></p>
<p style="margin: 0px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69); min-height: 22px;"><span style="font-family: '.SFUIText';"></span><br></p>
<p style="margin: 0px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText';">Li dia desses que a pressa resulta em acidente</span></p>
<p style="margin: 0px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText';">Não sei se falavam dos carros ou se falavam da gente</span></p>
<p style="margin: 0px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69); min-height: 22px;"><span style="font-family: '.SFUIText';"></span><br></p>
<p style="margin: 0px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText';">Sei que vou devagar</span></p>
<p style="margin: 0px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText';">Deveras mais contente </span></p>
<p style="margin: 0px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69); min-height: 22px;"><span style="font-family: '.SFUIText';"></span><br></p>
<p style="margin: 0px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText';">E, sorridente em meu caminhar,</span></p>
<p style="margin: 0px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText';">Procupo-me apenas com a canga, que é pra não deixar o mar molhar</span></p>
<p style="margin: 0px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69); min-height: 22px;"><span style="font-family: '.SFUIText';"></span><br></p>
<p style="margin: 0px; line-height: normal; font-family: '.SF UI Text'; color: rgb(69, 69, 69);"><span style="font-family: '.SFUIText';">De resto, deixa estar.</span></p>Agatha Galvãohttp://www.blogger.com/profile/12923630300959693069noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2115847882125482397.post-43888942462646942172017-06-14T23:58:00.001-07:002017-06-14T23:58:30.875-07:00A gente sabe que tudo passa<div><br></div><div>mas teima em se preocupar com a eternidade. </div>Agatha Galvãohttp://www.blogger.com/profile/12923630300959693069noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2115847882125482397.post-14079862906124276592017-03-25T00:53:00.001-07:002017-03-25T00:53:06.203-07:00Eu, o vento e este cigarro amargo<div>Vim pra varanda fumar pra ver se o sono vinha. </div><div>Por sorte, o vento fumou mais que eu.</div><div><br></div><div>Que gosto horrível. </div>Agatha Galvãohttp://www.blogger.com/profile/12923630300959693069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2115847882125482397.post-80227490277429815272017-03-09T02:21:00.001-08:002017-03-14T08:31:18.196-07:00Pouco antes das 7<div>
Não acho que eu escreva bem ou ao menos saiba escrever.</div>
<div>
Acho, talvez, que consigo elucidar no papel aquilo que sinto, imagino e projeto.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Costumo gostar do resultado.</div>
<div>
Às vezes até acredito.</div>
Agatha Galvãohttp://www.blogger.com/profile/12923630300959693069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2115847882125482397.post-76191073987791984872017-02-16T20:14:00.001-08:002017-02-16T20:14:09.550-08:00<div>Eu não sabia nem por onde começar, e acabei quase que sem espaço pra terminar.</div><div><br></div><div>Daí ela pediu para eu escrever sobre quem era eu...</div><div><br></div><div>Depois de escrever-me, decidi nunca mais voltar ao consultório. </div>Agatha Galvãohttp://www.blogger.com/profile/12923630300959693069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2115847882125482397.post-33305169552516142602016-12-17T20:34:00.001-08:002016-12-17T20:34:36.595-08:00Toda noite na janela<div>Tem uma estrela</div><div>Que para sempre em frente </div><div>à minha janela</div><div>É quase certo;</div><div>Se no céu não tem nuvem,</div><div>lá estará ela.</div><div><br></div><div>Lembro de na infância</div><div>Pensar que estaria a lua</div><div>a me olhar</div><div>Respondera minha mãe</div><div>Que estava o mundo a girar</div><div>E a lua a acompanhar </div><div><br></div><div>E agora, olhando minha estrela e a lua</div><div>Não duvido que a da minha janela</div><div>Seja a mesma que a tua.</div><div><br></div><div>(Talvez por isso sinto-a com a alma tão nua)</div><div><br></div>Agatha Galvãohttp://www.blogger.com/profile/12923630300959693069noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2115847882125482397.post-32018587307065658662016-11-23T03:20:00.001-08:002016-11-23T03:20:24.761-08:00RecomeçoA felicidade sempre foi para principiantes.Agatha Galvãohttp://www.blogger.com/profile/12923630300959693069noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2115847882125482397.post-85502047525959483682016-11-18T09:26:00.001-08:002016-11-18T09:26:04.548-08:00<div>Foi só eu tirar o cigarro do maço para você aparecer. Só pode ser de próposito - pensei. </div><div>E começou a falar da revigorante viagem ao meio do mato que fizera há algumas semanas, de como resolveu o problema do ar do carro (depois de quase três meses) e ficou uns 15 minutos me envolvendo naquelas risadas e naquele jeito estranho de segurar o copo.</div><div>E eu até agora com o cigarro na mão. </div><div>Sempre gostei disso de trocar vícios por vícios melhores.</div><div><br></div><div>Vou até guardar. </div>Agatha Galvãohttp://www.blogger.com/profile/12923630300959693069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2115847882125482397.post-22015201118545798982016-09-17T14:35:00.001-07:002016-09-17T14:35:48.874-07:00<div>Faltavam aproximadamente 15 minutos.</div><div>Enquanto observava o verde que nos cercava e fechava os olhos pra sentir o vento no rosto, constatava perplexo o quanto aquelas quase três horas tinham passado lentamente, e, ao mesmo tempo, à jato. E só me restavam 15 minutos.</div><div>Fiz uma das minhas tradicionais preces por orientação, sabedoria e calma, mas as mãos ainda suavam. </div><div>Lembro que o céu estava azul, e as nuvens bem desenhadas, tal qual numa pintura - e mais uma vez constatei que as pinturas é que são similares ao céu, não o contrário - e eu desejei que a estrada não tivesse fim.</div><div>A música com poucos acordes que tocava no rádio parecia completar toda a saudade melancólia daquele momento que ainda nem acabara. </div><div>Como eram lindos seus cabelos castanhos à luz do sol, e seu sono tranquilo apesar do movimento do carro. Como eu queria tê-la sempre com aquela paz e serenidade, e como eu queria que soubesse.</div><div><br></div><div>Chegamos.</div><div><br></div><div>Enquanto me perdia em devaneios, chegamos. Aquelas lindas bolotas pretas e brilhantes se abriram, e quase morri ao ser fitado por elas.</div><div>E com um sorriso que abrangia também as tais bolotas, ela se despediu.</div><div>Dei-lhe um beijo na bochecha e deixei-a ir, sem falar ao menos uma das tantas palavras que desejei ter dito. </div><div><br></div><div>Por que é que a estrada tinha de acabar? </div>Agatha Galvãohttp://www.blogger.com/profile/12923630300959693069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2115847882125482397.post-92011513492446659402016-09-13T06:11:00.001-07:002016-09-13T06:11:03.913-07:00<div>Ela disse que não importava. Me olhou fixo e repetiu: não me importa. Virou-se, bateu a porta e foi sabe-se lá pra onde.</div><div>Eu fiquei. </div><div>Fiquei e chorei, como de costume. Sentei-me em frente à Tv e fiquei aos prantos por alguns minutos, até que senti pena do reflexo que vira e decidi parar.</div><div>Parei.</div><div>Parei de chorar e de fazer todo o resto. Tentei evacuar todo aquele turbilhão de pensamentos de minha mente. As boas lembranças e as falsas promessas faziam parecer que aquela angustia rondaria minha cabeça e me apertaria o estômago para sempre.</div><div>E ela disse que não lhe importa.... É, ela disse que não lhe importa.</div><div><br></div><div>Queria não me importar também, mas eu simples e inevitavelmente o faço. </div><div>Eu poderia dizer que não me importa, isso eu consigo. O que não consigo mais é fechar a porta e deixar-lhe sozinha com seus pensamentos em busca de uma conclusão, porque foi desse jeito que ela parou de se importar.</div><div>E agora eu só posso lamentar e esperar ela voltar. </div><div><br></div><div>Será que volta?</div><div>Não sei se volta se nada lhe importa. A vontade que tenho é de abandonar-lhe e nem recebê-la na volta, mas o problema é que tudo sobre ela me importa! </div><div>E aos prantos, constatei que ela realmente não mais se importa, e quase também não suporta. </div><div> </div><div>Até quando ficarei neste sofá, triste, encarando a porta? </div>Agatha Galvãohttp://www.blogger.com/profile/12923630300959693069noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2115847882125482397.post-27248013309035732342016-08-15T12:38:00.001-07:002016-08-15T12:38:03.851-07:00<div>O meu dia só é dia quando nele tem você</div><div>E quando sei que irei tê-lo</div><div>Penso apenas em lhe ver</div><div><br></div><div>Não me importam as pessoas</div><div>As notícias</div><div>A TV</div><div>Penso apenas no aconchego</div><div>Ao deitar-me com você</div><div><br></div><div>Perco o chão</div><div>O controle</div><div>A cabeça </div><div>E o por quê</div><div>E fico a me perguntar</div><div>"Será que você não vê?"</div><div><br></div><div>Eu gosto do que vejo</div><div>Quando eu vejo você</div><div>E recebendo teu olhar </div><div>Acho que fiz por merecer </div><div><br></div><div>E do meu amor</div><div>Faço questão de falar-te</div><div>Pra você não esquecer</div><div><br></div><div>Agora vem</div><div>Abre os braços</div><div>Para então me aquecer</div><div>E o resto fica por minha conta</div><div>É só esperar pra ver. </div>Agatha Galvãohttp://www.blogger.com/profile/12923630300959693069noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2115847882125482397.post-38467577982837383182016-07-19T08:57:00.001-07:002016-07-19T08:57:18.500-07:00Predestinação<div>Eu amo tanto</div><div>Que nem sei</div><div>Se já amei</div><div>Como um dia</div><div>Pensei </div><div><br></div><div>Sei que amo</div><div>tanto</div><div>Que nunca pensei</div><div>Que caberia tanto</div><div>amor</div><div>Onde já tanto</div><div>amei</div><div><br></div><div>E é tanto amor</div><div>Que vivo a repetir</div><div>É chato,</div><div>eu sei,</div><div>mas quero a certeza</div><div>De que lhe falei </div><div><br></div><div>E quando perceber</div><div>Que esse amor </div><div>Não tem mesmo</div><div>fim</div><div>Não vem dizer</div><div>Que eu não avisei.</div>Agatha Galvãohttp://www.blogger.com/profile/12923630300959693069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2115847882125482397.post-36938269481170619042016-07-04T21:10:00.001-07:002016-07-05T00:30:33.461-07:00<div>Que coisa</div><div>Penosa</div><div>Ficar</div><div>Mendingando </div><div>Amor</div><div><br></div><div>É sério,</div><div>querida,</div><div>para,</div><div>por favor </div><div><br></div><div>Tem coisas</div><div>Que acontecem</div><div>E não</div><div>Se tem </div><div>Muito</div><div>A</div><div>Fazer </div><div><br></div><div>Espero que </div><div>Não sofra </div><div>Muito </div><div>Quando perceber </div><div>Que a marca </div><div>Que deixei </div><div>Nela,</div><div>ela deixou em vc</div>Agatha Galvãohttp://www.blogger.com/profile/12923630300959693069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2115847882125482397.post-37574604885908686862016-07-02T23:19:00.001-07:002016-07-02T23:35:53.742-07:00Vício declarado<div>
No reflexo perdeu o encanto. Como aquele ser apático já fora fonte inesgotável de luz (que se esgotou)? Como aquele olhar vazio ja fora inundado por uma infinidades de emoções que fundidas em sua negritude tinham coloração absolutamente única e hipnótica? </div>
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Como fora tornar-se aquela mulher de sorriso largo, porem caído, da tranquilidade intranquila, e de mente mais doente que o corpo? </div>
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<br /></div>
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E tosse de novo.</div>
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Resta a dúvida: dar mais um trago, ou não mais tragar? </div>
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(E outra dúvida: "não mais" até quando?)</div>
Agatha Galvãohttp://www.blogger.com/profile/12923630300959693069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2115847882125482397.post-23808011258259853682016-06-28T09:15:00.001-07:002016-06-28T09:15:25.123-07:00<div>De fato, a falta de perdão nos corrói.</div><div><br></div><div>É inevitável não praguejar contra o mundo ou contra mim mesmo quando as lembranças me acometem. Lembro do meu choro, tão sincero e aparentemente incessante.</div><div>Mas cessou.</div><div><br></div><div>Agora são as náuseas que me atormentam. Dificilmente as lembranças me fazem chorar, mas a cabeça e o peito ainda doem, e o estômago logo se revira.</div><div><br></div><div>Espero um dia perdoá-los.</div><div><br></div><div>Mas para isso tem de haver arrependimento.</div><div><br></div><div><br></div><div>Melhor mesmo marcar um médico.</div><div>Um homem nessa idade não pode deixar pra lá essas coisas do coração. </div>Agatha Galvãohttp://www.blogger.com/profile/12923630300959693069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2115847882125482397.post-3253559183895058142016-06-27T21:15:00.001-07:002016-06-28T04:27:24.013-07:00<div>Às vezes queria perder a facilidade que penso ter de elucidar com palavras as profundidades sentimentais nas quais me inundo.</div><div><br></div><div>É que na escrita o sofrimento faz tanto mais sentido que quase me convence que vale a dor. </div><div><br></div><div>E sinto-a.</div><div><br></div><div>E quando leio aquela dor eternizada em prosa, nem sempre sorrio satisfeita com a obra que criara: quisera eu não sentir aquilo (ou não passar a sentir).</div><div><br></div><div>Sofrer no verbo deixa tudo maior.</div><div><br></div><div>Mas às vezes diminui.</div><div><br></div><div>E deixa de marcar o rosto com as lágrimas pra passa a marcar com tinta o papel.</div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div>Agora, por exemplo, até sorri. </div>Agatha Galvãohttp://www.blogger.com/profile/12923630300959693069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2115847882125482397.post-30198877704612887252016-06-21T10:01:00.001-07:002016-06-21T10:01:56.104-07:00<div>Não nascera para o amor, concluiu aquele dia no quintal.</div><div><br></div><div>Enquanto desfrutava dos tragos finais de seu cigarro e almejava um gole de refrigerante, limpou os olhos marejados e respirou fundo.</div><div><br></div><div>Era isto: não nascera para o amor.</div><div>Não por falta dele. Não por não amar. Não por não ser amada.</div><div>É que o amor que não é recíproco não merece ser amado, e parecia-lhe que quanto mais amava seu desamor e via-o amando um outro amor, o sentimento empedrava dentro de si, tornando-lhe firme e quase imóvel.</div><div><br></div><div>Quase.</div><div><br></div><div>Mas os olhos se mexiam, como sempre, a procura de qualquer notícia, e em toda notícia, buscavam quase que incansavelmente um sinal. </div><div><br></div><div>Quase.</div><div><br></div><div>Cansaram. </div><div>Estes olhos exaustos do que veem já não são vistos chorando. Estes, toda noite, cerram-se antes de adormecer numa prece sufocada, implorando para o esquecer.</div><div><br></div><div>Mas demora a perceber que o amor da vida do amor da sua vida pode não ser você. </div><div>E é difícil perceber e não arrefecer.</div>Agatha Galvãohttp://www.blogger.com/profile/12923630300959693069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2115847882125482397.post-42773078064213558172016-06-21T09:26:00.001-07:002016-06-21T09:26:11.893-07:00<div>Agora os olhos são opacos.</div><div><br></div><div>E agora, que os olhos são opacos, como é que fica?</div><div>Será que existe ternura, embora tenha ido todo o brilho, ou aquele olhar está tão vazio quanto baixo?</div><div><br></div><div>Não sei mais o que faço.</div><div><br></div><div>É tão triste ver uma mulher perdendo seu brilho. É quase como uma estrela caindo.</div><div><br></div><div>Será que deixa vítimas nos arredores? </div><div><br></div>Agatha Galvãohttp://www.blogger.com/profile/12923630300959693069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2115847882125482397.post-17260665327716694932016-06-16T22:35:00.001-07:002016-06-16T22:46:32.365-07:00<div>Eu gosto desse teu retrato. Deve ser de tanto ter lhe visto assim, na janela sorrindo pra mim, contando tuas hístórias sem fim... Mas bem me lembro de quando chorastes ali pela primeira vez. Eu também quis chorar, mas não o fiz. Mas também achei linda a tua dor, quase que gostei. Tu, tão forte e inabalável, entregue àquela insaciável saudade. Quisera eu poder curá-la, mas pareceu-me finalmente tão humana.</div><div>Foi ali que abracei-te e arrisco dizer que meu coração sorriu.</div><div>Sempre pensei saber que a vida tinha desses momentos, sempre ouvi falar. E eu jurava ter vivido o meu, não sei exatamente quando, afinal, por sorte ou merecimento, tenho uma lista de momentos memoráveis, mas naquele dia eu soube, como num estalo, que não haveria a mínima possibilidade de que não fosses a mulher da minha vida: totalmente contrária à mulher dos meus sonhos, exatamente aquilo que meus olhos queriam ver.</div><div>E fui eternamente feliz naquele instante, enquanto choravas no meu colo.</div><div><br></div><div>Até que foi a minha vez de chorar. Mas eu bem que sabia que as coisas não são feitas pra durar... </div><div><br></div><div>E sobre isso de amor da vida, espero que exista mais de um pra gente achar. </div><div><br></div>Agatha Galvãohttp://www.blogger.com/profile/12923630300959693069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2115847882125482397.post-26512162442987070002016-06-08T06:27:00.001-07:002016-06-08T06:27:42.996-07:00<div>Temo que de tanto pedir a Deus para lhe esquecer, isso um dia realmente vá acontecer. </div><div><br></div><div>(E eu não sei se torço ou não para isso se resolver.)</div>Agatha Galvãohttp://www.blogger.com/profile/12923630300959693069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2115847882125482397.post-48180319683931106012016-06-04T13:23:00.001-07:002016-06-04T13:23:56.055-07:00<div>Toda vez que choro por sentir, lembro de quando olhei pr'aqueles olhos verdes e jurei que amar não doeria mais.</div><div><br></div><div>Quando a lágrima morre no peito percebo que falhei. </div>Agatha Galvãohttp://www.blogger.com/profile/12923630300959693069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2115847882125482397.post-33147942216081328632016-05-25T03:29:00.001-07:002016-05-25T03:29:59.401-07:00<div>Despertei pontualmente às seis e trinta, literalmente sufocada e machucada por lembranças e algumas suposições.</div><div><br></div><div>Vomitei e voltei pra cama.</div><div>Já são sete e mal consigo fechar os olhos de volta. </div><div><br></div><div><br></div><div>Por que a gente teima em achar que botar pra fora sempre resolve?</div>Agatha Galvãohttp://www.blogger.com/profile/12923630300959693069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2115847882125482397.post-15102330380575243342016-05-23T07:36:00.001-07:002016-05-23T07:36:43.967-07:00Calmante<div>Todo dia de manhã</div><div>Me espreguiço preguiçosa</div><div>Dou-lhe um beijo de bom dia</div><div>E custo a adormecer naquela cama</div><div>Desarrumada e espaçosa</div><div><br></div><div>Não importa o quanto tente</div><div>O sono não vem</div><div>Não sei se é por carência </div><div>Ou a falta do meu bem</div><div><br></div><div>E dentre os pensamentos que me acometem</div><div>Me vem aquilo que me prometeu</div><div>Então me pergunto:</div><div>Será que a culpa é minha se meu corpo só repousa no teu?</div><div><br></div>Agatha Galvãohttp://www.blogger.com/profile/12923630300959693069noreply@blogger.com0