A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Comecei um autoquestionário.

Enquanto lia meus lábios no reflexo do espelho, não encontrava as palavras que proferia: pareciam mudos.

Algumas lágrimas espaçosas caíam durante o exercício, e os olhos dos quais elas provinham pareciam não enxergar. Parecia que aqueles olhos só estavam ali pra ver e às vezes para derramar algumas patéticas lágrimas. 


Por que?

...


Por que?


A dúvida ecoava naquela alma vazia. Sem fé e sem intenção.

- Quem sou eu? O que sou eu?

E quase que vi chifres.