A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

quinta-feira, 31 de março de 2016

Sonhei que dormias e acordei sorrindo.
No sonho, falavas coisas sem sentido enquanto adormecida. 
E pude mesmo ouvir tua voz.
E pude mesmo sentir as tuas bochechas quentes.
E pude mesmo tocar os teus cabelos e senti-los grossos e pesados.

Um freixe de luz.
Despertei, e tu continuastes adormecida.
Parecia-me tão real que mal aproveitei o sonho para dizer que sinto, diaria e intensamente, muita saudade. 

Mas pelas lágrimas derramadas, acho que você sabe.

Que saudade, minha amiga.
A saudade insiste na mesma porta. Não na mesma, naquela outra.
Logo naquela que já não atende mais...

Toc toc

Toc

Toc...


... E mais uma vez subi os degraus à toa.