A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

terça-feira, 28 de julho de 2015

A cigana

Ofereci os meus melhores beijos
Meus melhores sorrisos
Meus melhores quereres
E tudo o que fosse preciso

Ofereci conforto
Carinho
Abrigo 
E um vinho

Convidei prum chalé
Com jantar bem gostoso
E pra sobremesa, café

Esperei na escada
Mesmo na chuva
Toda arrumada
Mas não recebi nada:
Nem tua presença,
nem uma chamada. 

E ainda tive que vê-lo com ela
Bem ali, de mão dada
Como se eu não fosse nada

Talvez tenha sido isso
Devo ter sido muito dada

Ou a sorte na minha mão que tava errada.

Puta cigana dissimulada!