A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

sábado, 30 de junho de 2012

Andando pelas ruas eu me senti bela. Talvez não estivesse, mas me senti. E acho que concordavam, já que eu percebia os olhares em minha direção.
Nem resmunguei ao ver que passaria por uma obra, pois estava me sentindo realmente bonita e os elogios seriam aceitos, por mais que aqueles pedreiros tivessem a idade do meu pai.

Após mais ou menos quinze minutos caminhando, parei para pensar: Será que estou realmente bela? Será que sou?
Bem, não estava: Regata branca, cara lavada e uma saia simples; E, bom, não costumo achar que sou, então fiquei encucada. Prossegui durante toda a caminhada bastante séria pensando sobre.

Até que passou uma moça com um filhote de labrador que era a coisa mais linda do mundo. E eu sorri. E depois de brincar com o cãozinho, dei mais uns dez passos com o sorriso no rosto.


E aí voltaram a me olhar.