A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

domingo, 29 de junho de 2014

Impressionante.

De um dia pro outro, tudo começou a me irritar.
Desde o jeito duro de andar, às falhas na barba extensa.
Sua gesticulação exagerada quando algo lhe foge à mente e sua falsa-grande-amizade com os que diz serem colegas começaram a me dar náuseas, e estas aumentam quando lembro do jeito que segura os talheres para comer.
Parece implicância, eu sei, mas como não odiar seu franzir de sobrancelhas quando tenta, pifiamente, convencer de qualquer absurdo e os teus olhos falsamente tristes e chorosos ao confessar a mentira tantas vezes afirmada?
Só de lembrar de como falavas baixo ao meu ouvido sentindo-se irresistível, dou uma boa gargalhada! E rio mais do fato de você achar que me é prazeroso o teu puxão de cabelo tão incerto e até doloroso.
Teus vícios de linguagem ecoam em minha mente, e lembrar dos teus lábios proferindo-os quase me mata de agonia.
Sua dispersão mesmo nos assuntos sérios e sua falta de senso ao abordar tais assunto em momentos de descontração, me fazem sentir raiva, quase tanto quando usa de sua maior característica: a presunção.
Que ódio da sua presunção! Como diria Caetano "Quem lhe deu tanto axé?" Não possuis, meu caro, metade das virtudes das quais se orgulha por aí. E as que possui, tornaram-se medíocres aos meus olhos cansados do teu rosto, dos teus cabelos, do teu cheiro, das tuas roupas, da tua vida, da tua gente e, principalmente, cansados de você.

Mas tenho de lhe agradecer.
Cansastes esses cansados olhos, mas por um motivo diferente.
Estes, que costumavam cansar por choro, cessaram, e hoje apenas pedem distância.
Não por dor.
Nem por raiva.
Por cansaço.
Só cansaço.
Por puro cansaço.

Não falei que tinha cansado?

Um comentário:

Anônimo disse...

Seu blog é incrível.