A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

domingo, 18 de maio de 2014

Hoje eu já não me incomodo com o incômodo causado pela minha felicidade.
Hoje eu não mais me envaideço com a inveja que causa o meu amor.
Já não sorrio com a queda dos invejosos incomodados.

Hoje eu apenas sinto-me triste por suas lamentáveis vidas.
Sinto-me, de certa forma, impotente, por simplesmente querer ajudá-los e ao mesmo tempo recusar qualquer tipo de aproximação. Mas não é medo.

Hoje, vejo-me alcançando cada vez mais a plena sinceridade pela qual sempre prezei e almejei.
E as orações noturnas de proteção, que tem sido cada vez menos para mim mesma, são prova disso.

Que Deus os proteja do mal que me desejam.

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