A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Confissão de uma antiga novidade

Foi com dois tapinhas sacanas no ombro e um sorriso malicioso, que recebi a confirmação.
Veio-me um grande amigo e disse-me: "Tá apaixonada, né?"

Eu apenas ri enquanto me perguntava "mas meu Deus, será que dá pra perceber?"

É, acho que sim... 
Sorrio entre os beijos, ensaio massagens em lugares públicos, faço carinho com as pontas dos dedos e cafuné acompanhado de cheiros no pescoço.
Falo bobagens o tempo todo por nervosismo, e outras vezes perco a fala. Às vezes solto umas palavras doces enquanto olho pra baixo com vergonha por proferí-las tão sincera e integralmente. E quando ouço palavras desse tipo... Ah, sorrio escancaradamente, e involuntariamente retucro com longos abraços apertados e beijos por toda parte, sem a mínima vergonha expor tanto a ternura que me toma.
E nos dias em que sei que verei meu amado, entrego-lhe automaticamente todos os momentos deste dia: já acordo pensando no encontro, me arrumo unicamente para ele e passo o dia na ânsia para que chegue logo a hora. E quando chega... Quando chega eu volto ao ínicio, não sei como agir de tanta felicidade.

Depois da risada e dos longos pensamentos, respondi-lhe "Pois é, não tem jeito, eu sou romântica".

E românticos sempre perdem quando lutam contra o amor.
Tudo bem, eu me rendo.

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