A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

domingo, 30 de março de 2014

A segunda mentira

Quando falam de ti, digo que te amei muito.
Grande mentira.
O tempo verbal é outro.

Desde aquele dia dezessete, é tudo sobre você:
Os bons pesadelos e os sonhos ruins.
A angustia quieta e o choro seco.
A dor que faz sorrir e o amor que parte o coração a cada batida.
O coração que bate cada vez menos e apanha cada vez mais.

Triste vida fadada ao sofrimento.
Tenho plena certeza de que este será eterno, só nos resta aceitar.
Assim é a vida.

Mas ora, não fique triste!
Tal sofrimento é a garantia de um amor também eterno!
Eterno porque talvez nunca dê certo...

Maldita eternidade!
Gostaria mesmo é deixar de apenas sentir, mas viver esse grande amor por sei lá, alguns anos, e depois colocar um ponto final.

Já que você gosta tanto.

3 comentários:

Anônimo disse...

.

Anônimo disse...

Na boa, essa deve ser a melhor culpa de todas. Que textos. Sou seu fã ! ;)

Alexandre Vasconcellos disse...

Lindo. Profundidade e simplicidade. Passei por algo aparentemente parecido recentemente, e te ler agora bateu com o que sentia. Como escrevo tb, sei que dói ser tão sincero consigo. E por isso, o mérito maior do seu poema. Lindo mesmo! Bjs