A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Trauma

Tropeçando pelas escadas
Me arrastando pelo chão
Sentindo tremer a perna
E doer o coração

Tento passar pela varanda
Tua mão quase me alcança
E enquanto perco o fôlego
Você quase nem descansa 

Finalmente me puxa pela blusa
Me derruba tão grosseiro
Deixando cheio de sangue
Todo o piso do banheiro

E te vendo assim de cima
Sentindo na garganta o teu dedo
Parecia que nunca senti tanto medo

É complicado explicar o quanto foi real
Ver-te de novo assim
Me causando tanto mal
Se bem que,
dadas as corcuntâncias,
se fizesse-me bem, 
é que seria anormal.

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