Foi por um tempo tão feliz, que hoje, em sua tristeza, duvida da felicidade alheia.
Não de toda, claro.
Só daquelas declaradas aos quatro cantos, com risadas ensurdecedoramente longas e sorrisos largos dolorosos à mandíbula.
Duvida também da felicidade discreta: a que não é anunciada, mas faz questão de deixar claro que ali não há tristeza. (Que medo é esse de um pouco de melancolia?)
Duvida da felicidade dos que muito têm, e mais ainda da dos que não têm nada.
Duvida da felicidade em companhia, mas duvida também da felicidade abandonada.
Duvida da felicidade dos desencontrados , mas não consegue acreditar num riso sequer de quem diz amar.
É tudo cena.
Ah, as pessoas e suas pseudo-felicidades patéticas, sendo apenas e exatamente o que deviam ser.
E ela lá.
De costas pro mundo.
Sendo apenas e exatamente nada.
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