A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

sábado, 24 de maio de 2014

O terceiro conceito de "aventureira".

Senti saudades dos lugares que frequentávamos, da casa dos teus amigos e dos lugares que planejamos conhecer juntos (e que hoje já nem os quero conhecer). 
Senti saudade dos passeios sem rumo, do andar descompromissado e dos chinelos nos pés em qualquer ocasião.
Senti saudade do nascer do sol depois de longas noites, da tua cara de sono e da sua direção nada segura almejando chegar logo em casa.
Senti saudade do nosso banho amistoso e com um "que" de malícia, e de você penteando meus cabelos molhados logo após hidratar meticulosamente a minha pele.
Senti saudade da inconstância, da briga que acontecia e se resolvia antes de dormir e do jeito como você se rendia.
Senti saudade da aventura.

Mas me vi sorrindo despreocupada e passou.
Aventura é ser feliz assim, simplesmente, despretenciosamente, despreocupadamente.
Realmente.

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