A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

terça-feira, 15 de março de 2016

Teimei em ressuscitá-la, mesmo sabendo que demoraria a tornar a morrer.
E aqui está ela:

vivendo

morrendo

matando-me


Depois de muito ser consumido, percebi:
Confundi falta com vontade.
E não sentia nem um, nem outro.

Só ressurge o que desapareceu.
Só ressuscita quem já morreu.

E continuo tentando matá-la.


Ou ao menos ressuscitar-me.

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