A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

quinta-feira, 17 de março de 2016

Num dos prédios da frente, um pouco à esquerda, tem um casal que volta e meia faz pinturas e recortes juntos, sem falar muito, sem acompanhados de energético.
Imagino que estudem algum tipo de arte, e estão em fase de produção de algum projeto.

No prédio inediatamente à frente do meu, suponho que também no nono andar, tem uma família bem grande que vive num apartamento com pouco móveis e menos decoração ainda.
Imagino que estejam de mudança. Mas já faz mais de um ano desde que chegaram.

No prédio à direita, alguns andares abaixo, tem sempre um jovem tocando violão por volta da meia noite. Durante o dia, na sala, tem sempre um senhor lendo jornal junto de um cão, que só o abandona quando o jovem chega.
Imagino que o tenha escolhido como dono.

Numa das janelas tem sempre um jovem senhor que só assiste televisão. Dia e noite. Só levanta para comer ou quando os filhos chegam.
Imagino simplóriamente que seja aposentado.

Será que toda essa gente imagina que a fumante da janela da frente é escritora?

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