A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Pois bem, recomendar-te-ei um amor.

Procure um amor prazeroso, que se encante com as pequenas coisas e que se agrade em encantar. Um amor evidentemente sincero, com os olhos dançantes e os lábios falantes. Um amor que use os lábios para proferir doçuras e bobagens, com voz infantil e engraçada, e que solte uma boa gargalhada sempre que você o fizer, porque é realmente divertido. Um amor que te acompanhe nos sonhos, objetivos, aventuras e até mesmo nos filmes bobos que queira ver, e que o faça sem reclamar. Um amor com vícios diferentes, para que um acompanhe o outro na fuga dos mesmos sem sentir falta ou recaídas. Um amor que lhe dê liberdade para lembrar saudosamente de um outro amor, mas que lhe tire essa vontade pelo fato de completar-lhe absolutamente. Um amor que lhe entenda, mas que brigue com você e por você sempre que precisar e que puder. Um amor que não passe a mão na tua cabeça, mas que saiba da tua bondade ofuscada. Um amor que lhe faça acordar sorrindo pela manhã, pois é simplesmente adorável. Um amor que te faça cantar dirigindo e andando por aí, que te encha de ciúmes e que ao mesmo tempo você queira ver livre, pois seria injusto demais com o resto do mundo, privar-lhe dele. Um amor que lhe prenda o pensamento e lhe liberte o coração de toda ansiedade e preocupação. Um amor que lhe massageie quando as costas doerem e que lhe afague os cabelos quando as coisas não correrem bem em seu lar. Um amor paciente, bondoso, simples e perdoador. Um amor sem orgulhos ou vaidades, restrições ou segredos. Um amor que ame e que aceite o teu amor. E que teu amor seja exagerado e descomunal, e que seu amor o aceite e ame esse amor mesmo assim.

Um amor que cure e faça bem.
Porque é assim que deve ser.

Ame!
Amem!
Amém!