A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

sábado, 21 de junho de 2014

Quando não consigo assistir a um filme, mesmo que uma animação ou um romance.
Quando escuto o meu cantor favorito e lembro de ti.
Quando confundo o nome de outros amores com o teu.
Quando penso que minha felicidade seria muito mais feliz com você aqui.
Quando lembro do teu rosto, da tua voz e dos teus encantos.
Quando acordo e antes dormir.

Nesses momentos, em todos eles, meus dedos me traem e discam o teu telefone, e o coração anseia apenas por uma conversa amistosa ou uma data para um encontro de bons amigos. A mente quase superlota pensando no que dizer e como agir, mas a lágrima cai e o telefone retorna ao seu devido lugar quando o coração pensa na possibilidade de ouvir o silêncio na outra linha. 
Depois de muito soluçar e finalmente cessar o choro, ensaio um sorriso de canto ao pensar que poderia ainda escrever-te formalmente, e quem sabe assim receberia uma resposta. Mas a dúvida faz o corpo inteiro tremer e a espinha arrepiar.

Vivo bem.
Mas "bem" deixa de ser suficiente quando já se viveu no paraíso.
O que fazer? Como te encontrar? Aliás, que palavra usar?
"Encontrar" não serve mais. Acho que ainda não perdi.
Perdi apenas a mim em meio às dúvidas que se multiplicam a cada dia.

Socorro! Me encontre! 

Me encontre, porque sozinha vou demorar pra me achar.

Um comentário:

Gugu Keller disse...

O pior fim é aquele em que não acaba.
GK