A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

sábado, 21 de junho de 2014

Apelo com auxílio do Ruivo.

Penso tanto o tempo todo que já penso que não é pensamento.
Penso agora que pode ser instinto.
Ou castigo.
Ou carma.

Eu penso que eu não preciso de você e nem da sua companhia. Não preciso dos teu beijos, dos teus braços me cercando e nem do teu afago ou da escovação nos cabelos. Não preciso do teu sorriso, da tua atenção, da tua presença. Não preciso saber como foi seu dia e nem o quão cansado estás. Não preciso sentir teu cheiro e nem entrelaçar minhas pernas nas tuas durante o sono. Não preciso das brigas e nem das reconciliações calorosas antes de dormir, nem da gula compartilhada que sempre acabava sendo divertida.
Eu não preciso do teu amor, nem do teu carinho, nem da tua felicidade.
Mas eu quero.

Mas aí eu penso um pouco mais e não consigo pensar em nada para lhe dizer.
Cantarolo apenas uma canção: "será que você vai sacar que o vão que faz em suas mãos é só porque você não está comigo? Só é possível te amar".
E depois do sorriso marejado, vem a gargalhada pura lembrando da tua interpretação dos primeiros versos da canção.

Vem!
Não me deixa sozinha nessa multidão! Pra quê mudar novamente de lugar? Só quero me casar com alguém igual a você, e eu sei, alguém igual não há de ter.

Vem pro teu lar, que é o meu coração. É o lar que fiz pra ti. E eu cuidarei dele.
Cuidarei do seu jantar.
Do céu.
E do mar.
E de você.
E de mim.

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