A culpada

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Nenhuma literatura está livre de ficção. E nem de verdade.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O motivo e a razão

- Estou triste.
- Triste como?
- Não sei.
- Triste por que?
- Não sei.
- E como sabe que está triste?
- Porque estou.
- Não entendi.
- É como seu pegasse um grande amontoado de areia com as duas mãos e conseguisse segurar perfeitamente, até que, repentinamente, os grãos começam a escorrer por entre os dedos, até que tudo se vai e apenas posso lamentar, porque jamais conseguiria pegar todos - todos - aqueles grãos de novo.
- Entendo... Mas se você parar para pensar, sempre vai sobrar pelo menos um ou dois ou cinco ou dez grãos em suas mãos. A areia é fina. A menos que você a retire, ela não sai completamente.

- Você tem razão!



- Não, você é que tem emoção demais.

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